Porque me abandonaste?

Rostos

Vitimas

de

abandono

Guardo

os seus

rostos,

e vão ficar por muito tempo na minha mente as emoções vividas naquela tarde de domingo. Esta Obra "CASA OSMA", está sediada aqui em Ñaña, e faz parte de uma associação mais abrangente que se chama "Mato Grosso". Está espalhada no mundo inteiro, mas tem as suas raízes neta vasta América Latina. Soube recentemente que a "Teologia da Libertação", e todo esse movimento que ainda é muito sentido no Peru, teve as suas origens exactamente nesta zona. De facto, aqui nos arredores estão vários mosteiros de ordens religiosas, e havia por isso condições para gerar novas maneiras de entender o Evangelho.....

Mas, a minha ida ao "Ninho dos Anjos" é bem mais simples de contar....

Fui recebido pela voluntária italiana Chiara. De imediato os meus olhos se fixaram neste mais pequenino tesouro: O Salomon Giovanni. Partilhei do que tinha comigo e alegria não faltou entre os mais pequenos! Cada criança com a sua história de enfermidade e abandono. À medida que ia brincando com estes anjinhos, a confiança unia cada vez mais as nossas almas, e devo dizer que foram duros para mim alguns momentos! Do que levei, bem pouco; mas do que me deram... ...isso foi abundante!

Emocionante foram três momentos que destaco.

(depois as imagens falam por si)

1- A minha amiga Chiara, ia-me contando a história de cada um, e a da Linda era bem triste. Era cega. Quando a tomei ao colo, ela percorreu com os seus deditos o meu rosto para definir os contornos.... ainda bem que tinha ocolos, porque não desejava que visse a minha comoção... ...!

2- O Rafael. Menino já crescido, mas com tantíssimos problemas de saúde. Não sei dizer quantas doenças tem, mas era tão afectuoso; como de resto todos os outros, e quis que eu fosse ao seu quarto. Fui. Falamos dos seus temores e alegrias.......e muito mais!

Apenas mais um menino adulto que nunca chegou a ser criança!

3- Quando nos sentamos na sala de jogos dei o resto e o mais precioso que tinha: Uma Bênção especial em conjunto e individual aos mais enfermos.

Lindo... Lindo... Lindo!